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Síndrome de Burnout em profissionais de saúde

Se há algo que caracteriza os profissionais de saúde é a sua dedicação e compromisso com a saúde dos seus doentes. No entanto, em alguns casos, isso pode trazer consequências negativas para a sua saúde mental, devido ao longo dia de trabalho, ao impacto emocional e ao nível de exigência do trabalho a que estão expostos. Stress, ansiedade, esgotamento mental, cansaço crónico ou sentimentos negativos são alguns dos sintomas sofridos pelos profissionais de saúde decorrentes da síndrome de burnout. Continue a ler!

 

O que é a síndrome de burnout?

O burnout, ou síndrome de desgaste profissional, é uma resposta a um estado de stress crónico, que apresenta sintomas de esgotamento mental, emocional e físico, derivados da carga de trabalho. Geralmente ocorre em indivíduos cujo trabalho exige alta exposição e dedicação a outras pessoas, com longos dias de trabalho, altos níveis de responsabilidade e desgaste emocional, como é o caso dos profissionais de saúde.
É um processo gradual, ao longo do qual, a pessoa sofre de perda de energia, motivação e entusiasmo pelo trabalho que realiza, o que consequentemente afeta o seu bem-estar físico e emocional.

 

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Quais são os principais sintomas da síndrome de burnout?

A síndrome de burnout pode causar consequências mentais graves, uma vez que provoca perda de energia, falta de realização pessoal e despersonalização, podendo levar a transtornos de saúde que influenciam o bem-estar das pessoas que dela sofrem.

Entre os principais sintomas da síndrome de desgaste profissional estão:

• Esgotamento físico e mental: o cansaço e a perda de energia afetam o trabalho a nível geral, com sintomas como a fadiga crónica, que pode levar ao aumento de peso, perda de apetite, enxaquecas, dores musculares, problemas digestivos, ansiedade, depressão ou insónias.
• Despersonalização:
alterações no comportamento do trabalhador, através de uma atitude negativa, como, irritabilidade, indiferença, ou desumanização nas suas relações de trabalho, tanto com os colegas como com os doentes.  
• Desmotivação laboral:
todos estes sintomas levam a uma diminuição da atividade laboral e desmotivação, o que gera frustração e insatisfação e pode culminar em faltas ao trabalho ou défice de atenção.


Como prevenir a síndrome de burnout e como lidar com ela?

Existem algumas medidas preventivas que podem evitar ou reduzir o desgaste profissional:

 

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Da parte da empresa:

• É essencial identificar as causas que originaram o burnout e de que forma está a afetar o trabalhador, para estabelecer ferramentas úteis, ou condições de trabalho que lhe permitam desempenhar as suas tarefas sem stress. 
• A comunicação assertiva é essencial e peça-chave para promover um ambiente de trabalho saudável e prevenir a síndrome de burnout. É importante que ocorra num ambiente calmo, sem discussões e de forma tranquila.
• Dar feedback constante, melhorando a satisfação pessoal dos trabalhadores. É importante valorizar os resultados e estimular o reconhecimento, seja de forma pública, económica ou simbólica, com alguma medida criativa.
Trabalhar o stress e a ansiedade através de apoio psicológico, técnicas de relaxamento, respiração, promoção de uma alimentação saudável e exercício físico.
Realizar atividades extralaborais, para manter a equipa motivada e promover a socialização, como eventos de teambuildings, ações de formação ou seminários.


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Da parte do empregado:

Analisar a situação do trabalho e identificar as suas emoções. Deve questionar-se como se sente, o que o levou a essa situação, o que pode fazer a respeito e a quem pode pedir ajuda. 
Evitar a sobrecarga de trabalho e estabelecer limites. É essencial organizar e marcar intervalos no trabalho. Estabeleça prioridades para administração do tempo, estabeleça as suas metas, planeie atividades e descanse, pelo menos, 5 minutos, a cada hora de trabalho. 
Cuidar da sua alimentação, evite saltar refeições. Um dos aspetos mais importantes para que o nosso corpo se mantenha saudável, tanto física como mentalmente, é seguir uma alimentação saudável, sem saltar refeições ou compulsão alimentar. Se for um problema persistente, pode procurar um profissional para que este o possa ajudar.
Desconectar após o trabalho. Dedique tempo ao autocuidado e aproveite o tempo livre descansando ou fazendo atividades que goste e que o mantenha ativo.
Pedir ajuda aos amigos, colegas e familiares. Apoio psicológico e comunicação são essenciais para superar o problema e fazê-lo sentir-se melhor. Provavelmente alguém à sua volta já se sentiu da mesma forma e poderá ajudá-lo.
Procurar ajuda de um profissional. Se a situação estiver a afetar a sua vida, recomendamos que procure um profissional que o ajudará a tratar o problema usando técnicas de anti-stress e de relaxamento.

 


BIV-1/2023-107.

 

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